sábado, 29 de setembro de 2012

 Orientação Profissional

Seguir a profissão dos pais, sim ou não?

“Depende”.

Essa é uma dúvida comum para muitos jovens que estão indecisos na hora de escolher a profissão, tanto pelo fato de pensarem que escolher a profissão dos pais vai lhes abrir portas e facilitar a entrada no mercado de trabalho, quanto pela ideia de que terão alguém ajudando em tempo integral, poderão trocar ideias, tirar dúvidas e aprender “dentro de casa”. Essas são possibilidades reais, o que não significa que você vai se sentir realizado profissionalmente por ter essas facilidades. A realização profissional depende de vários outros fatores, entre eles, a afinidade que você tem com as atividades desenvolvidas, pois de nada adianta saber que as portas do mercado de trabalho estarão abertas, se você não suporta ir para a faculdade e estudar sobre algo que não tem nada a ver com seus interesses e suas habilidades. Conviver com uma profissão que não tem nada a ver com você é como ser obrigado a conviver com uma pessoa da qual você não gosta: no mínimo, desagradável, podendo chegar ao insuportável.
Agora, se você já conhece tudo sobre a profissão de seus pais, se você sempre se interessou pelos livros e revistas profissionais deles, se você se identifica com o que eles fazem, se acessa sites sobre a profissão pelo prazer de estar em contato com o assunto, se gosta do tipo de ambiente em que eles trabalham, admira a rotina, conhece bem as atividades e sempre se imagina no lugar deles, então, provavelmente, você será um bom profissional seguindo os passos deles.
Seguir a profissão dos pais não é um problema, desde que você saiba o que está fazendo, ou melhor, o que vai fazer quando entrar no mercado de trabalho. Uma dica: se a profissão dos seus pais permitir, acompanhe-os ao trabalho e observe cada atividade desenvolvida, pense no que aquilo tem a ver com você, observe como se sente estando naquele ambiente, com diferentes tipos de pessoas, clientes, como é lidar com aquele material, instrumento ou ferramenta, enfim, seria como um ‘test drive’ para aquela profissão. Dependendo dos sentimentos e sensações você terá uma ideia de como será passar o dia – ou melhor, vários dias - ali futuramente. Outra opção é você procurar um estágio na área ainda durante o ensino médio, as agências de estágios têm várias oportunidades em aberto e, normalmente, o aluno não tem custo algum para fazer seu cadastro. Se você pensa em fazer Direito, pode buscar estágio em um escritório de advocacia, por exemplo. Além de conhecer mais de perto a área de atuação, ganhar o próprio dinheiro, maturidade e experiência, se for isso mesmo que você quer, já estará alguns passos à frente dos concorrentes!
Porém, se você já sabe que não tem nada a ver com a profissão dos seus pais e eles insistem que você siga os passos deles, é melhor vocês sentarem e conversarem com muita calma e seriedade, pois ceder pode levar a caminhos duvidosos: é possível que você consiga chegar ao final do curso e até trabalhe com eles, mas a sua indignação ‘contida’ vai aparecer mais cedo ou mais tarde e poderá afetar não só o relacionamento profissional, mas o familiar também, trazendo à tona acusações e sentimentos de culpa. Por outro lado, o mais comum é o aluno desistir no meio do caminho, aliás, “meio” é modo de dizer, pois muitos alunos abandonam a faculdade depois de alguns meses de aula ou vão levando como podem, até que chega um momento em que estão com tantas disciplinas em dependência que preferem desistir a tentar recuperar a situação.

Resumindo: Seguir a profissão dos pais pode ser uma excelente opção, desde que seja a sua opção!

Alunos: Aline S. Perin, Júlia Macedo Francotti e Pedro Henrique S. Hernandes.
: 01, 15 e 20.

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