sexta-feira, 23 de novembro de 2012

GREVES - Trabalho de Sociologia


Greve vem do nome de uma praça em Paris, onde os operários sem trabalho reuniam-se para serem contratados.
Greve é, sobretudo, um instrumento de pressão dos trabalhadores sobre os empregadores, sejam as empresas ou o Estado, para que suas reivindicações sejam atendidas.
Greve é uma paralisação de atividades de determinada área, feita em comum acordo, geralmente sob orientação de sindicatos que são os responsáveis por lutar pela garantia dos direitos da dita categoria.
Originalmente, quando acontecia uma greve ela chegava ao fim quando uma das partes vencia, em geral vencia o mais forte. As greves não eram consideradas um direito dos grevistas e, portanto, não eram regulamentadas por lei. Com o tempo, porém, reivindicar melhores salários, melhores condições de trabalhos etc, passou a ser um direito dos cidadãos que podiam ser exigidos através das paralisações de atividades, isto é, das greves.
Professores da UFRJ estenderam em um hospital a maior faixa de greve no mundo. Balões e fogos de artifício acompanharam o acontecimento da faixa de 34 metros de comprimento e 80 quilos. Foi feita Com o intuito de chamar a atenção da sociedade e sensibilizar o governo para reabrir as negociações com os docentes. A faixa foi escrita no livro de recordes como maior faixa de greve do mundo.



No Brasil, apesar de proibidas ao longo do período do regime militar, o direito à greve é atualmente assegurado pela Constituição Federal de 1988 – lei maior vigente no país -, que afirma em um de seus artigos:
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.

§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
O que se pode perceber é que, como qualquer outro direito, o direito à greve traz em contrapartida alguns deveres como o de manter os serviços essencias à comunidade e o de não abusar do direito sob pena de sofrer punições legais. Não se trata, portanto, de interromper atividades porque se quer ficar em casa, mas de reivindicar condições dignas de trabalho. Cada um que esteja envolvido deve estar ciente das condições, do que é seu direito mas também do que é seu dever enquanto grevista.
As greves no Brasil tiveram seu início ainda no século XIX. No começo do século XX, a Greve Geral de 1917 foi um marco importante na história do movimento operário brasileiro. Com a industrialização promovida durante a presidência de Getúlio Vargas aumentou o número de trabalhadores e as pressões por melhoras nas condições de vida e trabalho. Contudo, nessa época, os assuntos eram tratados a nível dos "Chefes Sindicalistas"(muitos desses chamados de "capachos", pois costumavam trair a causa trabalhista, através da corrupção, muito comum no Brasil nessa época), com o crescimento do número de sindicalistas honestos e o desaparecimento natural dos que costumavam aceitar a corrupção[carece de fontes], e o aumento das reivindicações que se tornavam difíceis de controlar, pelos empresários de então, foi quando por pressão popular junto ao Estado de Direito, em que as cortes consideravam-nas legais ou ilegais com base na possibilidade econômica do reajuste ou aumento salarial do Estado, eram e foram proibidas as reivindicações que extrapolavam a capacidade econômica das empresas, pois feriam ao Estado de Direito, à "máquina produtora e arrecadadora do Estado(à Nação, como um todo)", no período militar, os chamados Anos de chumbo, nos anos de 1964 - Quatro Planos Qünqüenais de Desenvolvimento - PNDs, Planos Nacionais de Desenvolvimento. No entanto, houve paralisações neste período, como as famosas greves de Contagem (MG) e Osasco (SP), em 1968, e as greves do ABC, no final da década de 1970, que atrapalharam em muito o desenvolvimento do Brasil, dando-se muitas vezes, pela força dos sindicatos mais fortes reajustes que o sistema como um todo não pode absorver, causando o que se chamou mais tarde de "Estagflação", mais tarde após o período da abertura política iniciada em 1985, junto com as medidas econômicas, muitas delas sem fundamento, nos chamados "Planos Econômicos", período em que o Brasil teve aproximadamente 7 (sete) moedas diferentes; se considerarmos os meios intermediários de crédito(que não deixa de ser moeda), utilizados formalmente e intermediariamente, com uma série de tabelas ou "tablitas(como eram conhecidas)", de ajuste. A greve deve ser democrática, ser legal, aprovada pelos meios institucionais vigentes, estabelecidos, na época na Constituição de 1946, que estabelecia o chamado Estado de Direito vigente, junto com os chamados Atos Institucionais(AIs).
Enquanto aguardam a solução que parece distante, milhares de alunos não sabem como terminarão o semestre. E dividem com milhões de brasileiros a mesma pergunta: se o futuro do país depende da educação, o futuro da educação depende do quê?
A sociedade brasileira tem amargado as consequências das greves disparadas pelos servidores públicos, reagindo sempre com a incompreensão de que paralizações não deveriam ser reconhecidas como um direito a tais servidores. Essa intolerância decorre da dependência que a vida do cidadão comum tem dos serviços que, com exclusividade, presta-nos a União, os estados e os municípios e a negação dos mesmos não pode ser suprida, alternativamente, pela oferta de serviços privados; quando não o é por mandamento constitucional, por ser indelegável é pela incapacidade técnica de sua absorção por terceirizados.

Camila Dantas, Danielle Donat, Gabriela Ferreira e Vanessa Vaz

Nenhum comentário:

Postar um comentário